sábado, novembro 29, 2003

02H00: zumbido irritante no perímetro orelhal
07h00: meia dúzia de marcas do crime espalhadas por mãos e braços
07h03: Fenistil
07h06: mancha de sangue na parede

Há assuntos que nunca chegam à barra do tribunal. Três vivas ao pragmatismo da justiça sumária.

terça-feira, novembro 25, 2003

Capitão Iglo detido pela PJ em flagrante delito, enquanto exibia orgulhosamente o seu "douradinho" a uma transeunte...

sábado, novembro 22, 2003

Então não é que aqui o Parque ganhou um "prémio"...? Mais estranho ainda: o "galardão" foi atribuído com base em critérios estéticos...

sexta-feira, novembro 21, 2003

Já viram aquele novo anúncio da McDonald´s com a banda sonora dos Da Weasel...? Não sei, acho que há ali uma promiscuidade ideológica muito estranha. É como ouvir o Sérgio Godinho a cantar o "Stars and Stripes" com a mãozita a bater no peito e a olhar enternecido para a bandeira...Enfim, ainda sou um bocado ingénuo, em relação a estas e outras tantas coisas.

quarta-feira, novembro 19, 2003

Quem já teve lições de música conhece certamente os livros do mítico Eurico A. Cebolo, com aquelas fatiotas muito fashion dos tempos do Estado Novo. Esse avô do Avô Cantigas publicou também algumas pérolas literárias com títulos do género "Freira Marota e Levada para a Brincadeira", "Meretriz Recatada e Ingénua" e coisas do género. Leiam esta "postada", é qualquer coisa de extraordinário.

terça-feira, novembro 18, 2003

DA CHAPELEIRA E OUTRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O Homo Suburbius
(Parte Segunda)


Para quem quiser ler a Primeira...

A atenção do recém-promovido chefe de família vira-se então para os fundilhos do habitáculo, mais propriamente para o triângulo das Bermudas vulgarmente conhecido como CHAPELEIRA. Esse "buraco negro" suga para os seus domínios os mais inesperados objectos. Mas já lá vamos.

Suponho que a origem do termo esteja relacionada com a atracção magnética que essa área gera sobre aqueles chapéus de palha (panamá) a fazer lembrar um turista britânico de férias no Ferragudo. A acompanhar o panamá vamos encontrar com frequência um cachecol da Selecção. Como somos um povo tão desmesuradamente patriota, o porta-luvas esconde sempre uma edição d´"Os Lusíadas", um exemplar do Tratado de Zamora e uma cassetezinha com "A Portuguesa", para o que der e vier.

Os portões deste Hades são guardados por sanguinários mastins de pelúcia, ostentando muitas vezes uma águia ao peito ou outro qualquer banner elucidativo da pinta do animal. Ou melhor, dos animais: o cãozinho e o condutor... O planalto chapeleiro vê-se normalmente revestido por um tapete muito quentinho, não vão os pobres animaizinhos ter frio nas patas. Os motivos preferidos são o tigre da Malásia (secundado por umas garatujas orientais) e a inelutável bandeira do Glorioso. Coisa de fino gosto, diga-se, como é apanágio do Homo suburbius.

sábado, novembro 15, 2003

Passei ontem os olhos pelo VH1, mais concretamente pelos videóclipes do "The Artist formerly known as Prince". Aqueles gritinhos e a roupa justa sugerem um subproduto da intersecção entre uma rainha de arrasto (ou drag queen, para os mais puristas) e um matador de toiros espanhol, com as jóias de família mais apertadas que um passageiro do Metropolitano de Lisboa em hora de ponta. Ou coisa do género. As dançarinas, isso sim, sempre muito "saudáveis". Muita vitamina andava por ali, sem dúvida.
Sendo assim, eis o motivo que me trouxe ao Speaker´s Corner do Parque, nesta macambúzia tarde de Sábado: resolvi mudar de nome. É verdade. A partir de hoje, quero ser conhecido por "The Gardener (formerly known as André)". Só não sei onde vou desencantar a comitiva feminina cheia de "saúde", consentânea com a dignidade e temática do Parque, visto que as zelotas ecologistas de esquerda deixam muito a desejar... (1)

(1) Sim, porque já se sabe que as meninas que não sabem combinar a roupa acabam por não ter outro remédio, que não o abraçar com redobrado vigor as utopias marxistas...

sexta-feira, novembro 14, 2003

Alguém que partilha a minha aversão por essa praga dos cãezinhos amorosos e afins. Vale a pena dar uma espreitadela.

terça-feira, novembro 11, 2003

DA CHAPELEIRA E OUTRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O Homo Suburbius
(Primeira Parte)


O típico cavalheiro que leva a família a passear ao Colombo no fim-de-semana esconde frequentemente um inesperado zelota da decoração de interiores, revelando-se na intimidade do seu "templo" particular: o automóvel. O "como" e o "porquê" seguem dentro de momentos.

O jovem tuner acaba inevitavelmente por contrair matrimónio com uma operadora de caixa do Minipreço, gerando um património genético que faria muito boa gente (como aquele rapazola austríaco do bigodinho engraçado que tinha a mania que era ariano) dar uma volta na tumba. Essa ideia infelizmente mal interpretada da Solução Final encontraria aqui uma aplicação muito plausível...

Pois que o visado acaba de comprar o seu "familiar" (uma "excelente aquisição", pelo menos a fazer fé nas palavras do vendedor). e já o seu pensamento ruma a pleno-vapor para os mares das artes transformacionais. Não conseguindo lutar contra o seu ADN 100% racing, acaba por congeminar um ardiloso plano, com o secreto objetivo de levar a esposa a aceitar a instalação de uma escape de rendimento. Leva-a a um restaurante no Guincho, recordando-lhe repetidamente que não iria olhar a despesas. Dói-lhe no bolso e na alma, mas os fins justificarão certamente os meios. A meio do idílico jantar à luz de velas, acaba por "pop the question" e...num arrojado golpe de rins, desvia-se mesmo a tempo de um ameaçadoramente balístico garfo de peixe... Finda a árdua batalha negocial, acaba por conseguir autorização para a implantação de um ambientador-pinheirinho, uma capa para o volante e um par do mesmo para os bancos, daquelas muito catitas do "Mique" e da "Mine"...

Não perca o desfecho da história, num "post" perto de si.

sexta-feira, novembro 07, 2003

Não sei qual das notícias me deixou mais surpreendido: o facto de o Benfica ter ganho um jogo, ou a detenção dessas duas senhoras do jet-set: Betty Grafstein e José Castelo-Branco...

quinta-feira, novembro 06, 2003

Então não é que o Sexo e a Cidade vai acabar...? Não desesperes, Inês, ouvi dizer que vem um substituto à altura...
Porque é que as caixas do Minipreço/Dia são todas feias?
(e outras reflexões avulsas sobre o ideário da beleza feminina-parte quarta)


Há uma dúvida que me tem azucrinado o juí­zo desde que (com tenra idade) comecei a frequentar o Minipreço: porque será que as operadoras de caixa são todas feias?
É uma coisa impressionante, não há uma única freira que salve a honra do pobre convento. Para quem não seja particularmente entusiasta da esmagadora maioria das pilosidades femininas, os autênticos bigodes à  la siamês orgulhosamente ostentados serão tudo menos populares. (1)

Porquê esta obsessão? Será que há uma espécie de acordo tácito, sendo que nenhuma outra cadeia de abastecimento grossista aceita esta diáspora nas suas fileiras? Será que o binómio feia/malfeitona é uma espécie de sinistro pré-requisito de acesso ao grupo Minipreço/Dia? Será que querem diminuir propositadamente o número de clientes, para não haver filas tão grandes nas caixas? Será que nunca mais me calo...?

Genericamente, a vida é mais fácil para as pessoas bonitas. Há todo um mundo de vantagens a considerar, mais ou menos relevantes, consoante o género (masculino/feminino) em apreço. Vejamos:

-maior facilidade em encontrar parceiro com quem procriar (ou apenas uma voltinha ocasional)
-entrar nas discotecas à  borla (ou quase)
-faculdade de receber convites para jantar com o regente da cadeira (as feiosas e os gajos têm mesmo que estudar)
-participação em produções cinematográficas de alto gabarito, envolvendo arquitectos reputados
-grande popularidade junto do pessoal da construção civil
-apresentação de programas de televisão
-carreira na publicidade a vender crédito bancário ou champô
-lugar cativo naquelas festas das revistas, cheias de maricões do social (vantagem discutí­vel)

Sempre achei um piadão a essa história da "cruz terrí­vel" que é o assédio, blá, blá, blá. Tadinhas.

(1) Convém dizer "buço", porque parece mal sugerir que uma senhora tem bigode. Mesmo quando é por demais evidente que tem. E especialmente nessas ocasiões.

Um beijinho para a Susana Ramiro, companheira desta e de tantas outras transcendentes reflexões

terça-feira, novembro 04, 2003

Porque é que as caixas do Minipreço/Dia são todas feias?
(e outras reflexões avulsas sobre o ideário da beleza feminina-Parte Terceira)


Algumas aberrações saídas do mundo da música (e possivelmente, da pornografia) como a Samantha Fox fizeram as delícias da pequenada durante a década de oitenta. Cantava como um rouxinol, aquela rapariga...Isso e o facto de cobrir as latitudes peitorais com um majestoso "size 52". Vá lá, "48-biqueira larga". E não desço mais.

"-Ah, ela cantava...?" –cogita o meu caro leitor. A Sabrina era outra do mesmo género.

Aquele videoclip da rapariguita em cima do cavalo, tal e qual veio ao mundo (a Bo Derek) ajudou a trazer algum colorido às noites solitárias de muito adolescente lusitano. E às noites, acompanhadas, dos pais deles, também...Sempre dava para voar nas asas da imaginação.

"-Então, mas, ela cantava...? A Samantha Fox...?"

Estrelas de cinema e televisão como aquela galinhagem toda do "Dallas" encheram as capas das revistas dessa altura. Gente com muita saúde, diga-se. A caminho dos noventas chegam as Lindas Evangelistas, Claudias Chifre, Cindies Crawfordes, Elles MéquePhersones (minha Nossa Senhora, esta mulher...) e quando dei por mim, descambou tudo na Kate Moss...Nunca percebi a piada dessa história das modelos com corpo de adolescente subnutrido e suporte peitoral tristemente proporcional. Felizmente, essa ideia parva já está mais que moribunda.

"Mas a Samantha Fox...cantava? Agora, a sério...?

Baú