quinta-feira, novembro 06, 2003

Porque é que as caixas do Minipreço/Dia são todas feias?
(e outras reflexões avulsas sobre o ideário da beleza feminina-parte quarta)


Há uma dúvida que me tem azucrinado o juí­zo desde que (com tenra idade) comecei a frequentar o Minipreço: porque será que as operadoras de caixa são todas feias?
É uma coisa impressionante, não há uma única freira que salve a honra do pobre convento. Para quem não seja particularmente entusiasta da esmagadora maioria das pilosidades femininas, os autênticos bigodes à  la siamês orgulhosamente ostentados serão tudo menos populares. (1)

Porquê esta obsessão? Será que há uma espécie de acordo tácito, sendo que nenhuma outra cadeia de abastecimento grossista aceita esta diáspora nas suas fileiras? Será que o binómio feia/malfeitona é uma espécie de sinistro pré-requisito de acesso ao grupo Minipreço/Dia? Será que querem diminuir propositadamente o número de clientes, para não haver filas tão grandes nas caixas? Será que nunca mais me calo...?

Genericamente, a vida é mais fácil para as pessoas bonitas. Há todo um mundo de vantagens a considerar, mais ou menos relevantes, consoante o género (masculino/feminino) em apreço. Vejamos:

-maior facilidade em encontrar parceiro com quem procriar (ou apenas uma voltinha ocasional)
-entrar nas discotecas à  borla (ou quase)
-faculdade de receber convites para jantar com o regente da cadeira (as feiosas e os gajos têm mesmo que estudar)
-participação em produções cinematográficas de alto gabarito, envolvendo arquitectos reputados
-grande popularidade junto do pessoal da construção civil
-apresentação de programas de televisão
-carreira na publicidade a vender crédito bancário ou champô
-lugar cativo naquelas festas das revistas, cheias de maricões do social (vantagem discutí­vel)

Sempre achei um piadão a essa história da "cruz terrí­vel" que é o assédio, blá, blá, blá. Tadinhas.

(1) Convém dizer "buço", porque parece mal sugerir que uma senhora tem bigode. Mesmo quando é por demais evidente que tem. E especialmente nessas ocasiões.

Um beijinho para a Susana Ramiro, companheira desta e de tantas outras transcendentes reflexões

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Baú