sexta-feira, janeiro 27, 2006

AINDA NÃO FOI DESTA...

Vendo talão de aposta no EuroMilhões. Como novo. Facilito.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

EU É QUE SOU O MAIS PODEROSO!!

Sábado, 07H50. Infalivelmente, esta é a hora de acordar, quer tenha havido, ou não, noitada. O motivo? Futebol às 09h00, no pavilhão de Nafarros, Sintra.

Gosto de tomar o pequeno-almoço bem devagar, ruminando o cereal embalado por um zapping matinal. Aquela hora, pasme-se, não há nada de jeito na televisão... No "História" repetem o programa da noite anterior, sempre com aquele gajo careca que gosta de pegar no espadalhão de toda a gente. E fazer umas palhaçadas pelo caminho. O Peter-Não-sei-quê.

Não há grande volta a dar. Na "SIC Comédia" passam as reposições das coisas mais ranhositas que já passaram por cá: a adaptação de "Cuidado com as aparências", numa medonha versão nacional. Arrepiante. Ou então apanho o Fernando Rocha, que me dá os bons dias com a sua "carXXXXXda", a imagem de marca do artista. Um mimo.

Incontornavelmente, acabo por ir parar à bonecada. E gosto: nada como as taradices do "Tartaruga Genial" para um gajo se sentir bem logo pela manhã!

Descobri agora uma série nova, onde uns putos altamente cagões jogam ao pião. Estaria aqui, de forma algo resumida, a essência da história. Sim, parece-me que está tudo. No entanto, não sei como o conseguem, mas os japoneses transformam estas duas linhas de argumento numa epopeia com dezenas de episódios.

Pião!! Os putos jogam ao pião...!!! E pouco mais.

Lá arranjaram para compôr uns torneios mundiais, (sempre o Bem contra o Mal), piões às cores de onde saiem dragões ameaçadores, uma espécie de "banheira oficial" que serve como terreno para s contendas e uns penteados às cores que parecem ter saído de uma noite particularmente mal dormida desse grande bichola que é o Eduardo Beauté.

E se aquilo dura...

A coisa faz lembrar o "Torneio de Artes Marciais" do Dragonball, pelo menos no que toca à fanfarronice das personagens. Cada qual é mais poderoso que o seu adversário. Pôrra! Tanto poder junto até faz confusão!!

Há inclusivamente uns gajos que estudam o piãozito dos adversários num computador com mais luzes que a árvore de Natal do Terreiro do Paço. Todos inventam uma técnica secreta extraordinária, que revelam no preciso instante em que a batalha já parecia mais que perdida, técnica essa aprendida na tenra infância, num qualquer mosteiro milenar do pião. Na hora que estão prestes a comer com a misericordiosa malha de porrada, lembram-se miraculosamente dos doutos ensinamentos do sensei.

Mas, técnica como deve ser, tem-na o célebre Tsubasa, virtuosíssimo tratador da redondinha. O seu "chuto falcão", que levava a bola à estratosfera e a fazia descer vertiginosamente até à baliza, é uma referência nestas coisas dos desenhos animados japoneses. O gajo fintava, sem grande chatice, toda a equipa adversária. E ainda lhe sobrava tempo para ir comer uma bifana ao bar do estádio e fintar dois ou três gajos na casa de banho. Lembro-me de jogadas históricas, coisa aí para duas horas de suspense absolutamente proibido a cardíacos. Mas...e quanto aos golos? Havia um aí de 6 em 6 episódios. Depois venham-me cá falar nas míticas "super defesas" italianas. Grande coisa.

O guarda-redes (que trabalhava num circo em part-time, com certeza) apoiava-se com os pés num poste, para poder voar (literalmente, voar) até à outra extremidade da baliza. Vôo esse, coisa aí para 4 episódios. Medida grande.

E pronto. Vou continuar a sintonizar a bonecada aos Sábados de madrugada, esperando ansiosamente as próximas novidades. Dou-lhe uns meses até que inventem uma guerra sangrenta entre clãs de putos maltrapilhos que jogam ao berlinde. Mas com muito estilo.

domingo, janeiro 22, 2006

HOJE É DIA DE PASSEIO...

Cheguei a Lisboa a meio da manhã. Não para votar, mas sim bulir que nem um mouro. Acontece.
No entanto, este não era um Domigo qualquer.

Um pouco por toda a capital, o clássico fato de Domingo foi substituído por essa outra instituição veneranda: o traje eleitoral. Em cortejo pelo Saldanha, a velhada lá ia orgulhosamente exibindo a fatiota do dia de eleições. Topam-se logo.

É nesta ocasião que o casaquito de pele e a écharpe de estimação (não sei se é assim que se escreve, mas também não me rala) lá saiem do armário, libertando uma ou outra traça do seu longo cativeiro. As senhoras de idade mais respeitável fazem questão de dar uma "de mão" de pó de arroz pela fronha abaixo, ensaiando em frente ao espelho o arzinho emproado que vão levar à rua.

Pairava no ar um aroma característico destes momentos. Envolvente, mas não tão intenso como no dia em que o Benfica ganhou o campeonato: a inebriante e inconfundível fragrância da naftalina.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

REI...QUÊ?

Durante a longa-metragem que é "O Cofre", o actor residente Jorge Gabriel saiu-se, hoje mesmo, com a seguinte argolada:

"-Quem escreveu a peça King Lear, Rei Leão?"

Rei Leão, ó Jorge??!! O que é que o Simba e o resto da rapaziada têm a ver para o caso?

Algures em Stratford-upon-Avon, alguém deu quinze voltas na tumba.

domingo, janeiro 15, 2006

FELIZ ANO NOVO, PARA TODOS OS LIBANESES RESIDENTES NA OTA!!!

Como já perceberam, o meu relógio interno continua desfasado do resto do mundo. Mas, mais uma vez, quero que o leitor vá pastar.

É óbvio que, retorcido que sou, seria incapaz de escrever uma postada onde, eventualmente, viesse a este púlpito desejar um feliz ano ao resto da humanidade, ou coisa parecida. Evidente que não. Deixo isso para aqueles gajos que escrevem coisas no "HI5", tais como:

"Porque nem sempre podemos dizer o k pensamos, porque nem sempre podemos fazer o k keremos, porque nem sempre o k pensamos, fazemos, i nem tudo o que fazemos ý pensado..por tudo isso te digo, XXXXX: nao te percas na objectividade uma paisagem serena, ainda que plena d beleza i com a intensidade d um azul oceanico..permite antes k te percas na magia de um sentimento apaixonado, especial, com detalhes alusivos a momentos unicos passados na companhia de kem te imagina como parte integrante de um ceu ornamentado pelas mais deslumbrantes estrelas. A subjectividade da vida surge.nos, entao, como algo bem mais importante k inquestionaveis certezas, n te parece? I por isso te peco, nao me fales da terra, do ar ou da agua...fala.me de ti... **Permite.me, ainda, k te envie um beijo numa leve brisa de uma imaginacao fertil, mas genuinamente sincera**"

Acho que nem a Carochinha caía nesta patranha, por amor de Deus!! Será que as miúdas acham piada a este rosário de tretas...?

Adiante, não foi por isso que resolvi subir a esta tribuna. Sucede que quinze dias decorridos da piela do Ano Novo (e recuperadas grande parte das faculdades mentais) a malta lá vai paulatinamente conferenciando sobre as suas "entradas", (sobre este procotolo nebuloso do "boas saídas e melhores entradas falamos noutro dia com mais tempo).

Confidenciava há pouquinho no Messenger* ao meu amigo Sérgio que a minha passagem de ano decorreu numa simpática e familiar residência em Amsterdão, onde uma amistosa tríade nórdica me chicoteou avidamente com uma tira de coiro, enquanto uma contorcionista malaia se punha habilmente de quatro e passava a língua por... ok, ok, é mentira. Foi uma coisa muito calminha num simpático lugarejo para as bandas de Leiria. Sossegadinho. Mas aquilo de Amsterdão era giro, à mesma.

Surge então a inevitável questão: "E tu, como foi"? Estava à espera de clássicos como "Dei um pulinho a Albufeira" ou mesmo "passei no Alentejo com uns amigos". Mas não, o senhor Sérgio respondeu tranquilamente:

-"Estive na casa de um libanês na Ota".

OK, um libanês...na Ota... dessa, não estava à espera. Como valor acrescentado desta inesperada revelação, fiquei ainda a saber que a comida provoca gases. Fica aqui o aviso à navegação, rapaziada: nada de levar a jovem a jantar a retaurantes deste género, sob pena de o encontro não ter direito a final feliz.


*Já agora, jovem, se tens um palminho de cara, ou dois, e mais de 18 anos, sou o pauloandresilva@hotmail.com; podes adicionar-me no Hi5 e no Messenger. E sim, estou a vender a alma ao demo.
O NATAL É QUANDO UM HOMEM QUISER...

"O Natal é quando um homem quiser" : foi a desculpa esfarrapada que arranjei para redigir um post natalício, já quase no fim de Janeiro. Tenham lá paciência, não encontrei outra melhor.

É sempre tão revigorante espreitar a programação natalícia, com os filmes onde entra -invariavelmente- o cão, o miúdo traquina, ou ambos. Neste caso, a TVI serviu-nos uma bela dose de "Sozinho em Casa - IV". Um filme de culto, muito provavelemente de um culto suicida.

Mas, ainda assim, previsível, para uma véspera de Natal.

Passada meia horita de anúncios, senhoras e senhores...COMMANDO!!!!!

Pois é, pois é, o nosso amigo Xevarzenéguer resolve matar os maus todos, para salvar a filha. Membros decapitados, explosões, sangue com fartura. E no meio disto tudo ainda tem tempo para bater um belo coiro à mulatinha. Desenrascado, o gajo.

Enfim, tudo o que se espera ver na TV, na rampa de lançamento para o bacalhau da Consoada.


Mais à noitinha, já com o Menino Jesus a meio caminho, a publicidade centrou-se naqueles anúncios do "envia SEXY para o 4002 e recebe uma eslava nua e com pinta de badalhoca no tem telemóvel!!".

Quem viu "SEXY", viu também "INDECENTE" ou mesmo "VIRGEM". Já agora, o anúncio da "VIRGEM" fez furor lá por casa: a imagem associada era a de três jovens desnudadas (com o rótulo "Badalhoca" dado pela própria APCER) a fazerem um simpático "comboio".

Tocou-me o coração, ver todo aquele calor humano e amor ao próximo. Neste caso concreto, à maquinista. A tradição ainda é o que era.