segunda-feira, outubro 11, 2004

Homem prevenido vale por dois...

Sábado à noite.
Jantar com pessoal do trabalho -bem regado, menos para o vosso Mr. 7UP- enfim, business as usual. Até aqui, menos mal.
Menos bem estive na hora das despedidas. Ao lado do barracão (e já estou a ser condescendente) onde tomámos o dito repasto, aprochega-se uma jovem (16 anitos, bestialmente ébria) a pedir-me outro cigarro. Sim, outro, porque supostamente já lhe teria dado outro anteriormente. Faz conta. Mas não. Eu nem fumo. Ela é que estava com uma valente carraspana.
Em vez de lhe "dar com o charuto" (C. Martins dixit) limitei-me paneleiramente a encolher os ombros e a tentar convencê-la que estava a falar com outro gajo qualquer, que estava enganada, etc, etc, etc...Enfim, bichanismos avulsos, nos quais não me posso escudar.

Segunda à tarde.
Uma colega (beeeeeeeeeeeeemmmmmmmm boooooooooooaaaaaaaaaaa) que nunca tinha visto mais gorda dirige-se a mim, perguntando-me se tenho um envelope. Isso mesmo, um envelope. E eu -que sou em expoente de solicitude- movo montes, vales e penhascos na tentativa de encontrar um mísero exemplar desse Santo Graal do material de escritório. Em vão, diga-se. E ela lá saiu da sala, de mãos a abanar, envolta numa bruma translúcida, como deusa passeando pela brisa da tarde. Suspiro.

Moral da história:
Tá bem que um raio não cai duas vezes no mesmo sítio, mas já não saio de casa sem um cigarrito e um envelope. You never know...


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