terça-feira, novembro 11, 2003

DA CHAPELEIRA E OUTRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O Homo Suburbius
(Primeira Parte)


O típico cavalheiro que leva a família a passear ao Colombo no fim-de-semana esconde frequentemente um inesperado zelota da decoração de interiores, revelando-se na intimidade do seu "templo" particular: o automóvel. O "como" e o "porquê" seguem dentro de momentos.

O jovem tuner acaba inevitavelmente por contrair matrimónio com uma operadora de caixa do Minipreço, gerando um património genético que faria muito boa gente (como aquele rapazola austríaco do bigodinho engraçado que tinha a mania que era ariano) dar uma volta na tumba. Essa ideia infelizmente mal interpretada da Solução Final encontraria aqui uma aplicação muito plausível...

Pois que o visado acaba de comprar o seu "familiar" (uma "excelente aquisição", pelo menos a fazer fé nas palavras do vendedor). e já o seu pensamento ruma a pleno-vapor para os mares das artes transformacionais. Não conseguindo lutar contra o seu ADN 100% racing, acaba por congeminar um ardiloso plano, com o secreto objetivo de levar a esposa a aceitar a instalação de uma escape de rendimento. Leva-a a um restaurante no Guincho, recordando-lhe repetidamente que não iria olhar a despesas. Dói-lhe no bolso e na alma, mas os fins justificarão certamente os meios. A meio do idílico jantar à luz de velas, acaba por "pop the question" e...num arrojado golpe de rins, desvia-se mesmo a tempo de um ameaçadoramente balístico garfo de peixe... Finda a árdua batalha negocial, acaba por conseguir autorização para a implantação de um ambientador-pinheirinho, uma capa para o volante e um par do mesmo para os bancos, daquelas muito catitas do "Mique" e da "Mine"...

Não perca o desfecho da história, num "post" perto de si.

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Baú