terça-feira, junho 08, 2004

O LENCINHO CONTRA-ATACA...
Fiquei parvo (isto é, mais que o costume) com a adesão a essa história da bandeirinha lusa na janela de casa ou do veículo. Não há taxista que não ostente orgulhosamente o dístico nacional, pelo menos até ao dia do primeiro desaire desportivo: nesse momento passa tudo de bestial a besta, grande filho da puta, etc, etc, etc...
Enfim, parece-me relativamente inócua esta tentativa de espevitar a moral nacional à conta da bola. Desde que a coisa não volte ao "orgulhosamente sós", ao "Portugal do Minho a Timor e assim, também não há-de vir grande mal ao mundo. Cá estarei para ver quanto tempo dura a lua de mel com a selecção...
Por falar em Timor, ainda não me esqueci da outra epidemia de solidariedade que assolou as lusas gentes, não vai assim tanto tempo passado: o "lencinho por Timor". Pois é, tudo começou pelo uso de uma coisa qualquer branca no corpo durante (breves) 24 horas. No entanto, a coisa descarrilou para um frenesim de roupa a cheirar a Tide por tudo quanto era sítio: o lencinho de mão(por Timor), o lencinho à pirata (por Timor), o porta-chaves branco (por Timor), etc, etc, etc...Tudo o que era veículo automóvel tratou então de exibir o malfadado lenço atado à antena do transístor, passando do branco-alvo para o castanho-dejecto, fruto do inexorável decurso do tempo.
Menos mal, o (abençoado) uso da calça branca justa (por Timor). Isso sim, uma bonita e louvável demonstração de solidariedade.

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