sexta-feira, outubro 03, 2003

PENSO, LOGO EXISTO... Round III


Importa não esquecer um actor com papel principal nesta "Tragédia da Rua das Dores": a temida TPM (1) . Esta malfadada sigla faz tremer de pavor qualquer homem de barba rija. Isso de navegar para o tenebroso desconhecido, dar novos mundos ao mundo e etcs é coisa de amadores, comparado com o jogo de cintura que é preciso ter para com as senhoras nestas alturas. A minha excelsa pessoa já teve que lidar com crises agudas dessa maleita e, devo dizê-lo, não é pêra doce. Ah não, caro leitor!!

Mas a coisa não fica por aqui. Era bom, era. Na esteira deste proto-Adamastor segue esse outro mito nada menos melindroso: o penso higiénico. Quem são, para onde vão e para que servem? Na prática, trata-se apenas de mais uma dessas "coisas de gaja", a juntar ao lip gloss, ao cabelo escadeado e aos livros do rabeta do Paulo Coelho (2)

Posto isto, levantam-se uma ou duas questões que estão na base das mais agudas crises existenciais: Quem somos? Para onde vamos? Qu perfil de alma doentia opta pela Ginecologia? E, inevitavelmente, PORQUE É QUE OS ANÚNCIOS DOS PENSOS HIGIÉNICOS SÃO TÃO IMBECIS?!

(1) No papel, seria o acrónimo para "Tensão Pré-Menstrual"; na vida real, está muito mais próximo de "TÁS PARVA OU QUÊ, MIÚDA??!!!"

(2) Estou a pensar organizar uma caturríssima fogueira de Natal, onde todos podem contribuir com um livrito do Paulo Coelho ou da Margarida Rebelo Pinto, esses bibelots que vos ofereceram nos anos e que vão permanecer castos e intocados até ao fim das suas folhas. Quanto mais não seja, servirão para aquecer as mãos e os corações enregelados na quadra natalícia.


Sem comentários:

Baú