sexta-feira, agosto 08, 2003

A VIDA DE PI
Boa noite, portuguesas e portugueses. Acabei de sofrer o meu primeiro revés bloguista: consegui apagar o texto todo e vou ter de o escrever outra vez. Fixe. Lá se vai o "Brave New World"...Enfim, nem tudo são rosas, mas não vou vacilar perante uma adversidadezita destas, com certeza. Onde é que eu ia? Ah, sim, estava a dirigir-me à Nação. Pois, pois, porque para ser Presidente do Conselho (ou Primeiro-Ministro, como lhe chamam agora) estou mesmo no bom caminho. Passo a explicar: à semelhança do (agora comum cidadão) Guterres, também padeço de uma manifesta inabilidade para lidar com números (o célebre PIB-gate) e adoro o som da minha própria voz a reverberar no ar. Pronto! Agora só me falta o curso de Eng. Electrotécnica, que a bem dizer é o mais adequado para o efeito.
Feito este breve reparo, passemos ao que me trouxe aqui hoje: "A vida de Pi", de Yann Martel. Trata-se de um livro extraordinário, que ganhou o Booker Prize no ano passado. Não me queria alongar muito com a história (até pq alguém pode querer lê-lo) mas trata da fantástica odisseia de um rapazinho indiano, surpreedentemente cristão, muçulmano e hindu ao mesmo tempo e que questiona tudo o que vê à sua volta. O nosso herói vê-se naufragado no meio do Pacífico, partilhando a casca de noz, que é o bote salva-vidas, com um tigre de Bengala...Rodeado por um oceano infestado por tubarões, Pi Patel tenta esquecer-se da família que jaz no fundo do oceano e luta ardentemente pela sobrevivência diária, pondo em prática os ensinamentos do pai no sobre o fascinante mundo animal no mais importante teste da sua vida. Parece que já estou a ouvir o Albarran "A tragédia, o drama, o horror..."
Como diria o George Clooney, gosta mais de um bom whisky e um charuto cubano do que de uma loura luxuriante. Eu sinto o mesmo em relação a um bom livro. Temos uma coisa em comum: somos ambos grandes aldrabões.

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Baú